O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Oitava Semana de Estágio - MUNSI

16 a 20 de Maio
Nesta semana de estágio desenvolvemos essencialmente actividades de promoção para a saúde, através do projecto MUNSI.
Projecto MUNSI


MUN de Município e SI de Saúde Infantil. A plataforma contra a Obesidade possui um protocolo com vários municípios para promoção da Saúde Infantil, especificamente obesidade e sobrepeso.


Neste sentido, foi solicitada à divisão de Saúde Ambiental a realização de actividades de promoção para a saúde relativas a dois temas:
- Higiene e conservação dos alimentos
- Higiene das mãos

Deste modo, foi construída uma apresentação para uma acção em sala de aula às turmas que fizeram parte do PEP. As nossas colegas de estágio, Catarina e Telma, elaboraram a apresentação e à semelhança do projecto PEP dividimo-nos por turmas para promover a lavagem das mãos e conservação de alimentos.
No total eu e a minha colega realizámos esta acção a 6 turmas, 3 das quais apresentei. A professora de uma das turmas, como considerou a acção interessante, ficou de contactar outros professores da escola para uma possível apresentação a outras turmas.
A acção consistia numa apresentação teórica acerca da higiene alimentar e higiene das mãos, onde as matérias principais foram a definição de micróbios, efeitos maléficos, onde se encontram, como evitá-los tanto nos alimentos como nas mãos. No final da apresentação teórica ensinámos a forma correcta de lavagem das mãos. Posteriormente, realizámos um pequeno jogo relativo à conservação de alimentos, que consistia em “colar” os alimentos num “frigorífico” ou no lixo, consoante o aspecto dos alimentos. Depois dos alimentos colados no frigorífico, as crianças deviam indicar aqueles que colocavam na imagem de uma “torneira”, ou seja, aqueles que devem ser lavados antes de serem ingeridos.
Ao realizar esta acção, verifiquei que algumas turmas se mostraram bastante interessadas com estes temas. Algumas das que foram mais distraídas na acção do PEP, nesta apresentação mostraram-se atentas, entusiasmadas e curiosas. Este aspecto está, possivelmente, relacionado com os espaços onde as crianças se encontram, e o que identificam em cada espaço:
Recreio à Brincar
Sala de aula à Aprender

Embora o professor se encontre em ambos os espaços, em sala de aula, como controla a turma, impõe regras diferentes das que as crianças devem obedecer no espaço recreio. A nossa postura também é diferente perante estes dois espaços, em sala de aula exigimos, por exemplo, mais silêncio e atenção do que no espaço exterior.
Nesta acção, todas as turmas me marcaram à sua maneira e por isso adquiri experiência e conhecimentos em todas elas. Devo salientar também a interacção com os professores, porque uma docente destacou-se bastante pela positiva, pela forma de dar aulas à sua turma. A principal diferença observada é que esta professora prepara as crianças para enfrentar as dificuldades do dia-a-dia, onde tudo é objecto de ensino para as crianças, como por exemplo na seguinte situação:
Após a acção, a docente preenche uma ficha de avaliação da actividade, fornecida no inicio da acção. Esta professora, no final da nossa acção preencheu a ficha de avaliação e explicou aos alunos o objectivo e finalidade da ficha que estava a preencher, assim como da nota que deu à acção.
Este pequeno acto, fez-me reflectir na forma de ensino dos mais novos, ensinar os conteúdos programados ou ensinar para a vida? Aqui ficam algumas fotografias desta acção:
Apresentação do projecto

Explicação da lavagem das mãos
O quente mata os micróbios e o frio adormece-os

Conclusão do jogo:devemos lavar os alimentos antes de os ingerir

Documentos de interesse:

- Vistoria para licenciamento de estabelecimento de espectáculo
Nesta semana houve ainda lugar para uma vistoria para o licenciamento de um recinto de espectáculo. Como é habitual, contou com a presença dos Bombeiros, Protecção Civil e Câmara Municipal, no entanto, quando chegámos ao local não existia nada montado. Estava programado um evento num jardim bastante amplo, com palco e tendas de artesanato. As instalações sanitárias a utilizar seriam as de um estabelecimento de bebidas que se situa na proximidade. Todas as autoridades representadas assinaram o auto de vistoria, no entanto, como ainda não estava tudo montado, existe risco para os utilizadores do palco.
O projecto do palco apresentava-se conforme, mas como não foi fiscalizado, a segurança pode ficar comprometida. A nível da saúde não existe problema o palco não se encontrar construído pois o aspecto mais importante a observar são as instalações sanitárias. É uma decisão difícil, pois o evento realizar-se-ia no dia seguinte (sábado) e se o auto não fosse emitido no dia, não se poderia realizar o evento. Devo referir que o palco em falta não apresentava grandes riscos, pois seria de pequenas dimensões e seria colocado num local seguro.

Uma questão complexa coloca-se, assinar ou não assinar o auto, se não foram verificados todos os requisitos? Colocar em causa a realização de um evento tem que ter uma causa muito forte. A questão central para a saúde é: O evento coloca em risco a saúde pública?
Outras questões pertinentes são: Os utilizadores do palco podem estar em risco caso o palco não esteja montado da melhor forma? O risco que os utilizadores do palco é elevado?
São algumas das questões que me irei deparar no futuro como técnica de saúde ambiental, questões de responsabilidade e onde devem ser tomadas decisões acertadas, de forma a proteger a saúde pública.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quinta, Sexta e Sétima semanas de Estágio

26 de Abril a 11 de Maio

PEP
Após uma semana de férias, regressamos cheias de energia para a realização desta acção.

Regras e materiais

A acção consiste na realização do jogo da prevenção rodoviária. O jogo é constituído por um circuito, com estrada, passadeira e sinais de trânsito e será construído no espaço de recreio de cada escola. As crianças, ao percorrer o circuito, adoptam a postura de PEÃO e são confrontadas com questões relacionadas com esse tema. Após percorrerem o circuito, retiram de um cestinho questões relacionadas com o tema SER PASSAGEIRO.
O circuito a desenhar em cada escola terá uma configuração parecida a esta imagem:
Circuito a construir na zona de recreio das escolas
Tem inicio pelo lado direito, na pista obrigatória para peões, avança até aos semáforos para peões, passam pela frente da garagem, atravessam a passadeira, passam por um obstáculo no passeio e chegam ao final do circuito. Durante o percurso, as crianças devem adoptar a atitude correcta perante a sinalização que encontram e responder a questões do género:
- À noite devemos caminhar no passeio com roupa especial ou roupa normal? Que tipo de roupa?
- Quando não existe passeio, como devemos caminhar?
Ao atravessar a passadeira, ensinamos a forma de atravessar e passa uma criança de cada vez.

Quando chegam ao final, mostramos o sinal de Proibição de peões e perguntamos quais as situações onde este sinal pode aparecer.


Seguem-se as questões acerca do tema SER PASSAGEIRO, como por exemplo:
- Devemos entrar e sair do carro pelo lado da estrada ou do passeio?
- Com que idade podemos ir sentados no banco da frente do carro?

Os materiais utilizados na construção do jogo foram bastante acessíveis. A passadeira foi pintada num tecido preto, como é possível visualizar nas fotografias seguintes:

Passadeira com listas delimitadas com fita-cola

Pintura da Passadeira


O circuito em si foi colado no chão do recreio de cada escola, utilizando fita adesiva branca. Para a concepção dos sinais foram adaptadas “garrafas plástico de água” para o suporte, e para a imagem foi impressa e colada, em cartolina para ficar mais resistente, e colocada no suporte.
No final da acção é ainda distribuído um diploma de participação que foi impresso e colado em cartolinas.



A realização do jogo


Como as turmas envolvidas no projecto são bastantes (16), a realização do jogo foi compartilhada com as colegas de estágio, Catarina e Telma, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.
O jogo foi construído na zona de recreio de cada escola. No total, ao longo destas semanas realizámos o jogo a 6 turmas do 3º ano. As turmas são divididas em 3 grupos, de forma a reduzir o número de alunos que participam no jogo ao mesmo tempo. Assim dividimo-nos também, enquanto eu estou a acompanhar as crianças no circuito, a minha colega Soraia está a realizar alguns jogos ou vice-versa. A realização dos jogos tem como objectivo distrair as crianças que não estão a realizar o jogo, de maneira a que estas não saibam as respostas antes de participarem no jogo.


Construção do Circuito - parte superior
Construção do Circuito
A principal dificuldade encontrada ao longo desta acção foi captar a atenção de todas as crianças, de forma que estas não dispersassem e se centrassem em agir e responder correctamente ao longo do circuito. Esta dificuldade deve-se talvez devido à inexperiência do contacto com crianças, pois, apesar de ao longo do curso ter desenvolvido acções para crianças, as competências adquiridas são sempre insuficientes, no que trata a educação dos mais novos.
A primeira turma a que realizámos a jogo foi aquela que mais me marcou. A turma era bastante curiosa, dedicada, bem comportada e funcionava muito bem como grupo. Talvez por ser a primeira turma a quem fizemos o jogo e por possuir características especiais me marcou particularmente. Houve turmas menos bem comportadas, que se distraem facilmente e é necessário maior esforço da nossa parte por captar a sua atenção e impor respeito.
Realização do jogo
Realização do jogo - Identificação do sinal
Numa das escolas, construímos o circuito na zona de recreio, que possuía um pouco de zona coberta. Nessa escola tínhamos duas turmas para fazer o jogo e na primeira turma à qual fizemos o jogo, apesar desta ser mais distraída conseguimos realizá-lo com sucesso. A segunda turma já não correu da mesma forma porque, entretanto, começou a chover. Assim, tivemos que improvisar um pouco e não conseguimos realizar o circuito completo. Dividimos a turma em dois grupos, e em cada grupo fizemos algumas questões que se encontravam no jogo e identificaram dos sinais do circuito e atravessaram a passadeira de forma correcta. Foi bastante mais complicado centrar a atenção em nós pois eles dispersavam muito mais.
Achei que esta acção foi bastante enriquecedora tanto a nível pessoal como profissional, tanto na forma de relacionar com as crianças, como na forma de abordar os professores. Esta torna-se bastante importante pois há professores que são bastante receptivos a este tipo de acções, e também há professores que não são assim tão receptivos. Um exemplo de uma situação que tivemos que contornar foi o facto de terem surgido alguns problemas na recepção e compreensão de e-mail com as datas e horas das nossas acções, onde alguns professores se mostraram mais disponíveis que outros a programar as acções.
Achei que esta acção foi bastante enriquecedora tanto a nível pessoal como profissional, tanto na forma de relacionar com as crianças, como na forma de abordar os professores. Esta torna-se bastante importante pois há professores que são bastante receptivos a este tipo de acções, e também há professores que não são assim tão receptivos. Um exemplo de uma situação que tivemos que contornar foi o facto de terem surgido alguns problemas na recepção e compreensão de e-mail com as datas e horas das nossas acções, onde alguns professores se mostraram mais disponíveis que outros a programae as acções.

Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino
Ao longo destas três semanas de estágio visitámos mais 4 escolas, uma escola Secundária (EB3/ES), outra do 1º e 2º Ciclo, outra do Jardim de Infância e 1º Ciclo (EB1/JI), por último, somente do 1º Ciclo (EB1).
A escola EB3/ES possuía alguns problemas graves mas a nível estrutural, pois os vários edifícios da escola possuíam fendas que podem lhe conferem alguma debilidade estrutural. Existiu também infiltrações em vários edifícios porque a película de impermeabilização sofreu deterioração com o inverno rigoroso que se fez sentir no presente ano. Verificou-se a presença de fungos, tanto nas paredes como no tecto, indicando a presença de humidade. Esta escola já está em funcionamento há bastante tempo, e as manutenções que tem sofrido revelam-se insuficientes, pois as paredes necessitam de pintura, o pavimento e o mobiliário encontram-se deteriorados, entre outros problemas. Nos espaços de confecção de alimentos também se verificaram algumas irregularidades ou más práticas, tais como:
- Insectocaçador situado por cima da bancada de confecção;
- Torneiras de acção manual;
- Recipiente do lixo sem accionamento por pedal e sem tampa;
- Pratos com algumas fendas;
- Arcas congeladoras com grande quantidade de gelo (indica mau isolamento das borrachas);
- Vitrina com bolos a uma temperatura elevada;
Na cozinha existiam, 3 cubas de lavagem para alimentos (Carne, Peixe e Legumes) mas os funcionários utilizavam uma das cubas para lavagem de loiça grossa da cozinha, quebrando o circuito marcha-em-frente. Sugeri então que houvesse uma troca nas cubas, a cuba de lavagem de loiça ficasse mais próxima da copa suja, e consequentemente a cuba de lavagem de legumes mais próxima da zona de confecção.
As restantes escolas têm uma configuração muito parecida, mas com problemas diferentes, destacando-se:
Rede mosquiteira para janela
- As instalações sanitárias para alunos sem papel nem sabão de mãos;
- Ausência de plano de Segurança;
- Alimentos sem identificação no frigorifico, e colocados de forma a que possam ocorrer cruzamentos;
- Janelas da cozinha sem rede mosquiteira;
- Incidência de casos de crianças picadas por mosquitos;
- Recreio com área coberta insuficiente.
Muitos aspectos são de fácil resolução, como por exemplo a colocação de rede mosquiteiras nas janelas das cozinhas, mas outros aspectos são de resolução dificultada, pois necessitam de investimento financeiro mais avultado, como por exemplo, o alargamento da área coberta da zona de recreio.
O mesmo se verifica nas cozinhas das escolas, pois quando as anomalias são de carácter estrutural, torna-se bastante complicado fazer alterações que as tornem adequadas à prática realizada. Por exemplo, se um fogão e uma cuba de lavagem de alimentos se encontram e locais menos adequados, tenta-se adequar mas a nível de circuitos, no entanto verifica-se que, por vezes, é impossível, devido ao espaço existente. Nas cozinhas das escolas até agora visitadas constata-se bastante este aspecto, as instalações não são as apropriadas mas tenta-se adequar o máximo possível, com os recursos possíveis que as escolas possuem. Averiguámos também que o facto de existir uma empresa que seja responsável pela segurança alimentar facilita o processo.


Formação para o Sistema de Informação em Saúde Pública (SISP)
Nas instalações do Centro de Saúde de Corroios – Moinho de Maré ocorreu uma formação para o Sistema de Informação em Saúde Púbica (SISP). Este sistema informático encontra-se ainda numa fase inicial, onde está a ser testado, principalmente através da formação dos profissionais de Saúde Pública.
As Principais áreas abrangidas por este sistema de informação são as seguintes:
• Gestão de Processos de Estabelecimentos
• Gestão de Processos de Queixas Sanitárias
• Gestão de Programas e Projectos Comunitários
• Intervenção em Cuidados Individuais de Saúde (através da criação do conceito de Registo Electrónico Individual com fins epidemiológicos e de Saúde Pública)
• Monitorização da situação de saúde e dos factores protectores e de risco para a saúde
• Gestão da Qualidade dos Serviços de Saúde Pública
A população-alvo da formação foram os profissionais que fazem parte da Unidade de Saúde Pública Seixal-Sesimbra. Esta formação teve como objectivo o esclarecimento de algumas dúvidas relativas ao sistema, discussão de dificuldades e potencialidades deste sistema de informação. Especificamente a formação incidiu no tema “Estabelecimentos e Queixas”.
Para mais informações acerca do SISP, pode consultar o documento seguinte:

domingo, 12 de junho de 2011

Quarta Semana de Estágio

11 a 15 de Abril de 2011

Olá a todos, passou mais uma semana de estágio, e com ela enriquecimento pessoal e profissional nas actividades que desenvolvi na Unidade de Saúde Pública Higéia – Pólo Seixal. Passo então a descrevê-las:
Licenciamento de estabelecimentos
Como já referido no post anterior, para o licenciamento de estabelecimentos, um dos requisitos é o parecer sanitário emitido pela USP. Nem todos os estabelecimentos necessitam do referido parecer, somente aqueles que constituam risco para a Saúde Pública, tais como estabelecimentos de restauração e bebidas, clínicas médicas, lares, entre outros.
Como já referido anteriormente, a USP emite parecer que pode ser prévio ou não. A única diferença que existe entre eles é que o parecer dito “normal” chega à USP através da Câmara Municipal e, no caso do parecer prévio, o próprio requerente solicita à USP a emissão de parecer. A vantagem, deste último, prende-se pela aceleração do processo de licenciamento.
Em conjunto com a minha colega Soraia analisámos projectos relativos a estabelecimentos de restauração e bebidas, consultámos a legislação relativa aos mesmos e emitimos o parecer sanitário. A dificuldade prendeu-se, essencialmente, no desconhecimento de alguma legislação, e por isso, estudámos um pouco os diplomas relativos ao estabelecimento em causa.
Relativamente à compreensão da planta de equipamentos da cozinha, não sentimos muitas dificuldades pois, para além desta não estar confusa, já tínhamos analisado algumas no decorrer do curso. Sentimos algumas dificuldades na construção do parecer, mas após possuirmos um “parecer modelo” tornou-se muito mais fácil.
Com o objectivo de compreender melhor a recente legislação acerca do licenciamento de estabelecimentos, elaborámos ainda nesta semana, uma pequena apresentação acerca do novo diploma legal Decreto-Lei 48/2011, que revoga alguns diplomas importantes no âmbito do licenciamento e da segurança alimentar dos estabelecimentos.

Alguns diplomas legais consultados:
- Decreto-Lei n.º 234/2007, de 19 de Junho que Aprova o novo regime de instalação e funcionamento dosestabelecimentos de restauração ou de bebidas;
- Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de Janeiro, que aprova o regulamento geral do Ruído;
- Regulamento Geral das Edificações Urbanas (RGEU);
- Decreto-Lei n.º 48/2011, de 1 de Abril, que Simplifica o regime de acesso e de exercício de diversasactividades económicas;
- Regulamento(CE) n.º 852/2004 de 29 de Abril relativo à Higiene dos Géneros Alimentícios Bebidas;

Queixa de Insalubridade
Por vezes os estabelecimentos públicos podem constituir um risco para a Saúde Pública, mesmo quando os espaços são vigiados e controlados. Deste modo, um dos mecanismos/procedimentos que a população pode recorrer para denunciar situações que coloquem em risco a saúde humana são as queixas.
Numa das piscinas do concelho do Seixal foi denunciada uma situação insalubre, e como tal, que possa constituir risco para a Saúde Pública. A situação não se debruçava na qualidade das águas, mas na higienização dos espaços frequentados pelos utilizadores em “pé descalço”. Para verificar tal situação, acompanhámos a Médica de Saúde Pública e uma das Técnicas da USP ao local.
Inicialmente informámos o gestor do espaço acerca da queixa, e solicitámos alguns documentos comprovativos da limpeza do espaço (periodicidade, produtos químicos utilizados, responsável pela limpeza do espaço). Comprovámos nas instalações da piscina que a situação denunciada não se verificava, e acertámos com as responsáveis pela limpeza alguns aspectos menos positivos (ex: local de armazenamento de produtos químicos, registos de limpeza actualizados).
A minha intervenção e da minha colega foi essencialmente de carácter de observação das condições das instalações e do procedimento a adoptar em caso de “Queixa”. Para auxílio na verificação das condições das instalações recorremos ao anexo II da Circular Normativa nº14/DA, de 21/08/09, da Direcção Geral da Saúde.

ANEXO II – A – “Avaliação das condições de instalação e funcionamento de piscinas”
ANEXO II – B - “Avaliação das condições higio-sanitárias e de funcionamento das instalações.”
Penso que a população deve utilizar este recurso de “Queixas”, para denunciar quaisquer situações que possam colocar em causa a Saúde Pública. Este conceito por vezes é complicado de compreender, o que é suficientemente grave que coloque em causa a saúde das populações? No caso dos profissionais de saúde pública é relativamente fácil compreender, mas a população em geral por vezes não compreende porque uma piscina é encerrada, por exemplo. O encerramento de estabelecimentos é da competência da autoridade de Saúde, mas só é efectuado em casos extremos. Quando as piscinas apresentam instalações insalubres, falta de qualidade da água, equipamentos das aulas insalubres ou instalação do tanque da piscina insalubre ou danificado, entre outros problemas, podem acarretar problemas de saúde como micoses (instalações ou zonas de água parada com circulação de pessoas a “pé descalço” com fungos), irritação cutânea, pneumonia (por legionella spp), infecções gastrointestinais, diarreia crónica, entre outros problemas1. Penso que as Delegações de Saúde devem zelar pela Saúde da população, mesmo que esta não compreenda os riscos em causa.
 1 Diegues, Paulo; Martins, Vítor (2006). Normas Técnicas e Operativas sobre Piscinas e Spas. Direcção-Geral da Saúde.

Vistoria a Escola do 2º e 3º Ciclo
Nesta semana visitámos mais uma escola com o objectivo de avaliar as condições de Segurança, Higiene e Saúde. A escola alvo da nossa visita é uma escola de 2º e 3º ciclo, e por isso, de maiores dimensões e com características diferentes das anteriormente visitadas. Por exemplo, nesta escola existem laboratórios de ciências e físico-química e não existe equipamento de jogo e recreio (ex: baloiço, escorrega) como existe nos jardins-de-infância, por exemplo. De forma a avaliar da melhor forma as condições de segurança, higiene e saúde das escolas, utilizamos como recurso a máquina fotográfica, para ficarmos com o registo em imagem das anomalias detectadas assim como dos aspectos positivos. Contudo, nesta escola não houve permissão para fotografarmos as instalações da escola, o que nos dificulta na elaboração de um relatório de avaliação posterior.

Relativamente às condições verificadas na escola, é importante mencionar, que a escola possuía pouco espaço de recreio coberto, por isso, quando a temperatura está desagradável no espaço exterior e/ou chuva, os estudantes permanecem no edifício, na biblioteca ou salas de convívio, que, segundo a docente que nos acompanhou na visita, se tornam insuficientes face ao número de alunos. A visita à escola decorreu na época de pausa escolar, quando os alunos se encontram de férias. Os funcionários da escola, no momento da vistoria, encontravam-se em limpezas, e como tal, existia desarrumação e sujidade em alguns locais, normais para a actividade a realizar. Outro aspecto a referir é o facto de, como o refeitório não se encontrar a servir refeições, os funcionários higienizam as instalações. Também não foi possível verificar todos os parâmetros que constam no formulário, somente de carácter de instalações. Penso que as visitas às escolas tem maior rendimento se estas se realizarem em período escolar, quando os serviços e aulas estão a decorrer. Assim, a avaliação será mais exacta, comparativamente a outras escolas.

Projecto de Educação para a Prevenção (PEP)

A Delegação de Saúde Pública do Seixal tem uma intervenção no Projecto Educação para a Prevenção (PEP), que conta com várias entidades, entre elas a Câmara Municipal do Seixal e docentes das escolas envolvidas. As crianças do primeiro ciclo são a população-alvo, especificamente as turmas do 1º ano.

Este projecto tem como mascote dois rapazes, com nomes bastante sugestivos, o João Prevenção e o Vicente Acidente, que acompanham todas as actividades realizadas.


Iniciou no 1º ano das crianças, com o tema Prevenção de Acidentes Domésticos, no segundo ano o tema estudado foi a Prevenção de Acidentes em Espaços de Jogo, Recreio e Lazer, e, actualmente no 3º ano, Prevenção Rodoviária. Os professores, em sala de aula, abordam estes conteúdos, e, posteriormente, são realizadas acções por outras entidades. No presente ano, as acções realizadas às turmas participantes no projecto foram um teatro de fantoches “Era uma vez…a Segurança Rodoviária” patrocinado pela Renault e uma apresentação PowerPoint em sala de aula, da parte da USP Higéia - Pólo Seixal.

Fantoches Renault



1ª Acção Saúde Pública do Seix







Em representação da USP Higéia, foi-nos solicitada uma acção, a desenvolver nas turmas envolvidas no projecto.
A matéria programada encontra-se dividida em 3 fases:

Ser Peão
Ser Passageiro
Ser Condutor

Consultando o cronograma das actividades do PEP, a matéria leccionada será somente Ser Peão. Deste modo, decidimos elaborar uma actividade que aborde a matéria Ser Peão e inicie a matéria Ser Passageiro.
Nesta quarta semana, em conjunto com a minha colega programámos a actividade e preparámos os materiais para a sua realização.
A próxima semana será pausa no estágio por motivo de férias da Páscoa.