O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

domingo, 30 de janeiro de 2011

5ª Semana – As medidas de autoprotecção chegam ao fim…inicia a iluminância



No decorrer desta semana, continuei com as medidas de autoprotecção, e, entre outros relatórios, elaborei um de um edifício de Utilização-Tipo V (hospitalar) T3, ou seja, as medidas de autoprotecção englobam:


Não conclui por completo este relatório porque faltava a parte das plantas de emergência. Neste edifício, quase todas as divisões apresentavam local de risco D, sendo, no caso, com permanência de pessoas acamadas ou com mobilidade condicionada. No entanto, o efectivo calculado não excedia as 25 pessoas em locais de risco D, o edifício apresenta igualmente a 1ª categoria de risco, mas com exigências T3, acima referidas.

Nesta mesma semana, desloquei-me a um estabelecimento do tipo comercial com o intuito de fazer o levantamento para as medidas de autoprotecção, no entanto, não foi concretizado. A pessoa que nos recebeu estava permanentemente a atender clientes, e não se mostrou disponível para ouvir as nossas explicações. Por vezes, as pessoas contactam a ECC para prestar serviços, e depois não estão disponíveis a colaborar. Deste modo, este cliente ficou pendente.

Enquanto estava e elaborar o relatório que referi acima, surgiu a oportunidade de participar na resolução de uma situação que a ECC possuía. A ECC elabora estudos de iluminância nos postos de trabalho, no entanto, para a acreditação pelo instituto português da qualidade, é necessário que os estudos estejam consoante a norma ISO 8995:2002, mas a ECC segue a norma NF X35 – 103. Assim, fiquei incumbida de alterar o modelo de relatório de Iluminância para a norma ISO.
Terminei o relatório que estava a realizar e comecei a ler a norma.

Como já havia calendarizado antes de começar a alteração do relatório de Iluminância, acompanhei um levantamento a um edifício de Utilização-Tipo Administrativo. Iniciámos com uma conversa com o cliente, onde lhe foram explicados alguns aspectos das medidas de autoprotecção, e, de outros serviços que o cliente também tinha solicitado à ECC. Neste cliente já tive uma forma de actuar mais activa, preenchi a Check-list que a ECC possui, questionei o cliente acerca de alguns dados da Check-list e do estabelecimento em si e tirei algumas fotografias. O cliente foi bastante simpático e receptivo, permitindo conversas ocasionais. Neste caso, foram solicitados os serviços da ECC para licenciar o estabelecimento e o cliente desejava abrir o estabelecimento, o mais depressa possível, talvez por isso, fomos recebidas com simpatia e atenção.

Um aspecto relevante, de carácter geral, das medidas de autoprotecção, é o facto de estas não assumirem o cunho intimador que, por vezes, as avaliações de segurança e higiene no trabalho despertam. Apesar de ambos fazerem recomendações a aspectos menos bons que os locais possuem, as pessoas reconhecem o risco de incêndio dos locais, e a necessidade de existirem meios de extinção e formas de evacuação. Talvez a legislação e obrigatoriedade de colocação dispositivos de segurança contra incêndios não seja novidade e a segurança e higiene no trabalho seja, ou então, seja pela falta de preocupação com a saúde dos trabalhadores. Mas também não posso deixar de mencionar o desconhecimento acerca destes temas, porque, mesmo que um empregador se preocupe com o bem-estar dos seus funcionários, ao oferecer-lhes condições de trabalho adaptadas, pode não conhecer os riscos associados a uma certa tarefa que os trabalhadores desenvolvem. Porém, a realidade é que a maioria das pessoas só implementam as medidas de autoprotecção porque a lei o obriga e penso que o mesmo se passa a nível da segurança higiene e saúde no trabalho.
Assim decorreu mais uma semaninha de estágio. A partir de agora, vou entrar na nova área da iluminação, por isso, não posso deixar de reflectir acerca da segurança contra incêndios. Esta área foi nova para mim, e, como possuía apenas uns conceitos muito básicos acerca do tema, aprendi bastante. Não existe legislação dispersa para nos regermos, existem dois diplomas legais e outros dois técnicos, todavia, é densa. A segurança contra incêndios em edifícios é bastante importante, contudo, apesar do aumento de consciência, ainda fica aquém das expectativas o manuseamento de um extintor por exemplo. Penso que a população deveria praticar a forma de actuação em caso de incêndio, para que, caso exista realmente um incêndio, seja mantida a calma e sejam respeitados os procedimentos. Esta nova legislação exige obrigatoriedade de formações a pessoas que laboram em edifícios de categorias de riscos mais elevadas, talvez seja um passo para a mudança. Penso que, ao ter participado a segurança contra incêndios contribuiu para tornar a minha visão de técnica de saúde ambiental mais abrangente, nomeadamente no que respeita à segurança contra incêndios. A visão do técnico superior de segurança e higiene no trabalho, é direccionada para os trabalhadores, a dos técnicos de saúde ambiental centra-se na saúde de e para todos. A segurança contra incêndios, não é somente uma área direccionada para os trabalhadores, mas para toda a população. A participação nesta área tornou-se assim, bastante gratificante. 

domingo, 16 de janeiro de 2011

3ª e 4ª Semanas - Relatórios de medidas de autoprotecção

Nesta semana coloquei em prática o que estudei na semana passada. Para começar, li documentos de medidas de autoprotecção já elaborados, para tomar conhecimento do que a ECC faz.
Posteriormente, com apontamentos de levantamentos assentes pela ECC, fiz relatórios da tipologia mais simples. Como a ECC já possui um modelo base, torna-se mais simples, no entanto, existem sempre dúvidas. Um aspecto bastante positivo, foi o facto de ter mudado de lugar, passando a dividir a secretária com a arquitecta Ana Varela, que me ajudou bastante nos momentos de incerteza.
Para a elaboração dos relatórios das medidas de autoprotecção, o essencial é, consoante a tipologia do edifício, a determinação da categoria de risco. Esta tem como base o cálculo do efectivo, referido no artigo 51º da portaria 1532/2008.

A apresentação seguinte, em formato de video,  expõe de uma forma simples o referido cálculo. (nota: para conseguir ler, recomendo colocar no tamanho do erã, mas ficará menos nítido)

Durante esta semana, elaborei relatórios da Utilização-Tipo Comercial, de Restauração e Administrativa, que foram corrigidos e posteriormente enviados para os clientes. É bastante importante a correcção dos relatórios, pois é nessa fase que percebemos quais os erros que estamos a cometer, para não os repetir.
Como já referi, os relatórios foram elaborados com base nas informações recolhidas nos levantamentos, com recurso da check-list que a ECC possui. Refiro-me a levantamento, quando a ECC se dirige ao local para fazer a recolha de informações necessárias à elaboração das medidas de autoprotecção, tais como a área bruta, a altura da Utiliação-Tipo, pontos de água, meios de combate a incêndio, entre outros.
No fim desta semana acompanhei a arquitecta a um edifício da Tipologia V, Hospitalares e Lares de idosos. Foi o meu primeiro contacto com um cliente, por isso a minha posição foi de observação. O cliente solicitou medidas de autoprotecção e já tinha sido feito um levantamento prévio, no entanto, houve alterações e nós deslocámo-nos ao local para confirmar. Iniciámos com uma conversa com o cliente, onde este solicitou uma explicação das medidas de autoprotecção e dos procedimentos para o licenciamento do edifício. O facto de o cliente estar bastante interessado acerca da segurança contra incêndios e dos procedimentos de licenciamento, tornou-se bastante proveitoso para mim, porque ajudou a consolidar a legislação, acerca da segurança contra incêndios, estudada e, também, ao nível dos procedimentos de licenciamento. Esta segunda parte depende de vários factores, da instituição, da autarquia, entre outros, no entanto, é útil possuir conhecimentos acerca dos procedimentos autárquicos, para conseguir informar melhor o cliente daquilo que realmente necessita. Após a conversa com o cliente, Ana Varela fez o levantamento das alterações a nível de arquitectura e eu encarreguei-me de localizar na planta do estabelecimento os meios de combate a incêndio (extintores) e a sinalética de emergência.
Extintor


Bloco Autónomo de Luz não Permanente

Sinaléctica de emergência

 Depois, voltámos para as instalações da ECC, e voltámos ao trabalho. Não participei na elaboração deste relatório, porque já estava elaborado, faltava apenas alterar uns pormenores. 
Na quarta semana continuei a elaboração de relatórios de medidas de autoprotecção. Elaborei relatórios de um minimercado, de uma pastelaria (tipologia VIII) e de três estabelecimentos de restauração (tipologia VII). Ao elaborar o relatório de um destes estabelecimentos, comecei a reflectir acerca da necessidade destas medidas de autoprotecção no processo de licenciamento dos estabelecimentos. Um edifício de área útil muito pequena, com baixo índice de ocupação e local de risco A, necessitará mesmo destas medidas de autoprotecção? Atendendo que só possui uma porta, em caso de incêndio, é a única porta a utilizar. A lei obriga a pelo menos 2 extintores, no entanto, o estabelecimento é tão pequeno que um extintor não chegava? Contudo, também penso noutra perspectiva, pois assim os bombeiros e protecção civil, quando é dado o alerta, já conhecem as características do edifício e ruas adjacentes e como devem actuar.

Assim passaram duas semanas de estágio J