O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Quinta, Sexta e Sétima semanas de Estágio

26 de Abril a 11 de Maio

PEP
Após uma semana de férias, regressamos cheias de energia para a realização desta acção.

Regras e materiais

A acção consiste na realização do jogo da prevenção rodoviária. O jogo é constituído por um circuito, com estrada, passadeira e sinais de trânsito e será construído no espaço de recreio de cada escola. As crianças, ao percorrer o circuito, adoptam a postura de PEÃO e são confrontadas com questões relacionadas com esse tema. Após percorrerem o circuito, retiram de um cestinho questões relacionadas com o tema SER PASSAGEIRO.
O circuito a desenhar em cada escola terá uma configuração parecida a esta imagem:
Circuito a construir na zona de recreio das escolas
Tem inicio pelo lado direito, na pista obrigatória para peões, avança até aos semáforos para peões, passam pela frente da garagem, atravessam a passadeira, passam por um obstáculo no passeio e chegam ao final do circuito. Durante o percurso, as crianças devem adoptar a atitude correcta perante a sinalização que encontram e responder a questões do género:
- À noite devemos caminhar no passeio com roupa especial ou roupa normal? Que tipo de roupa?
- Quando não existe passeio, como devemos caminhar?
Ao atravessar a passadeira, ensinamos a forma de atravessar e passa uma criança de cada vez.

Quando chegam ao final, mostramos o sinal de Proibição de peões e perguntamos quais as situações onde este sinal pode aparecer.


Seguem-se as questões acerca do tema SER PASSAGEIRO, como por exemplo:
- Devemos entrar e sair do carro pelo lado da estrada ou do passeio?
- Com que idade podemos ir sentados no banco da frente do carro?

Os materiais utilizados na construção do jogo foram bastante acessíveis. A passadeira foi pintada num tecido preto, como é possível visualizar nas fotografias seguintes:

Passadeira com listas delimitadas com fita-cola

Pintura da Passadeira


O circuito em si foi colado no chão do recreio de cada escola, utilizando fita adesiva branca. Para a concepção dos sinais foram adaptadas “garrafas plástico de água” para o suporte, e para a imagem foi impressa e colada, em cartolina para ficar mais resistente, e colocada no suporte.
No final da acção é ainda distribuído um diploma de participação que foi impresso e colado em cartolinas.



A realização do jogo


Como as turmas envolvidas no projecto são bastantes (16), a realização do jogo foi compartilhada com as colegas de estágio, Catarina e Telma, da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa.
O jogo foi construído na zona de recreio de cada escola. No total, ao longo destas semanas realizámos o jogo a 6 turmas do 3º ano. As turmas são divididas em 3 grupos, de forma a reduzir o número de alunos que participam no jogo ao mesmo tempo. Assim dividimo-nos também, enquanto eu estou a acompanhar as crianças no circuito, a minha colega Soraia está a realizar alguns jogos ou vice-versa. A realização dos jogos tem como objectivo distrair as crianças que não estão a realizar o jogo, de maneira a que estas não saibam as respostas antes de participarem no jogo.


Construção do Circuito - parte superior
Construção do Circuito
A principal dificuldade encontrada ao longo desta acção foi captar a atenção de todas as crianças, de forma que estas não dispersassem e se centrassem em agir e responder correctamente ao longo do circuito. Esta dificuldade deve-se talvez devido à inexperiência do contacto com crianças, pois, apesar de ao longo do curso ter desenvolvido acções para crianças, as competências adquiridas são sempre insuficientes, no que trata a educação dos mais novos.
A primeira turma a que realizámos a jogo foi aquela que mais me marcou. A turma era bastante curiosa, dedicada, bem comportada e funcionava muito bem como grupo. Talvez por ser a primeira turma a quem fizemos o jogo e por possuir características especiais me marcou particularmente. Houve turmas menos bem comportadas, que se distraem facilmente e é necessário maior esforço da nossa parte por captar a sua atenção e impor respeito.
Realização do jogo
Realização do jogo - Identificação do sinal
Numa das escolas, construímos o circuito na zona de recreio, que possuía um pouco de zona coberta. Nessa escola tínhamos duas turmas para fazer o jogo e na primeira turma à qual fizemos o jogo, apesar desta ser mais distraída conseguimos realizá-lo com sucesso. A segunda turma já não correu da mesma forma porque, entretanto, começou a chover. Assim, tivemos que improvisar um pouco e não conseguimos realizar o circuito completo. Dividimos a turma em dois grupos, e em cada grupo fizemos algumas questões que se encontravam no jogo e identificaram dos sinais do circuito e atravessaram a passadeira de forma correcta. Foi bastante mais complicado centrar a atenção em nós pois eles dispersavam muito mais.
Achei que esta acção foi bastante enriquecedora tanto a nível pessoal como profissional, tanto na forma de relacionar com as crianças, como na forma de abordar os professores. Esta torna-se bastante importante pois há professores que são bastante receptivos a este tipo de acções, e também há professores que não são assim tão receptivos. Um exemplo de uma situação que tivemos que contornar foi o facto de terem surgido alguns problemas na recepção e compreensão de e-mail com as datas e horas das nossas acções, onde alguns professores se mostraram mais disponíveis que outros a programar as acções.
Achei que esta acção foi bastante enriquecedora tanto a nível pessoal como profissional, tanto na forma de relacionar com as crianças, como na forma de abordar os professores. Esta torna-se bastante importante pois há professores que são bastante receptivos a este tipo de acções, e também há professores que não são assim tão receptivos. Um exemplo de uma situação que tivemos que contornar foi o facto de terem surgido alguns problemas na recepção e compreensão de e-mail com as datas e horas das nossas acções, onde alguns professores se mostraram mais disponíveis que outros a programae as acções.

Segurança, Higiene e Saúde dos Estabelecimentos de Educação e Ensino
Ao longo destas três semanas de estágio visitámos mais 4 escolas, uma escola Secundária (EB3/ES), outra do 1º e 2º Ciclo, outra do Jardim de Infância e 1º Ciclo (EB1/JI), por último, somente do 1º Ciclo (EB1).
A escola EB3/ES possuía alguns problemas graves mas a nível estrutural, pois os vários edifícios da escola possuíam fendas que podem lhe conferem alguma debilidade estrutural. Existiu também infiltrações em vários edifícios porque a película de impermeabilização sofreu deterioração com o inverno rigoroso que se fez sentir no presente ano. Verificou-se a presença de fungos, tanto nas paredes como no tecto, indicando a presença de humidade. Esta escola já está em funcionamento há bastante tempo, e as manutenções que tem sofrido revelam-se insuficientes, pois as paredes necessitam de pintura, o pavimento e o mobiliário encontram-se deteriorados, entre outros problemas. Nos espaços de confecção de alimentos também se verificaram algumas irregularidades ou más práticas, tais como:
- Insectocaçador situado por cima da bancada de confecção;
- Torneiras de acção manual;
- Recipiente do lixo sem accionamento por pedal e sem tampa;
- Pratos com algumas fendas;
- Arcas congeladoras com grande quantidade de gelo (indica mau isolamento das borrachas);
- Vitrina com bolos a uma temperatura elevada;
Na cozinha existiam, 3 cubas de lavagem para alimentos (Carne, Peixe e Legumes) mas os funcionários utilizavam uma das cubas para lavagem de loiça grossa da cozinha, quebrando o circuito marcha-em-frente. Sugeri então que houvesse uma troca nas cubas, a cuba de lavagem de loiça ficasse mais próxima da copa suja, e consequentemente a cuba de lavagem de legumes mais próxima da zona de confecção.
As restantes escolas têm uma configuração muito parecida, mas com problemas diferentes, destacando-se:
Rede mosquiteira para janela
- As instalações sanitárias para alunos sem papel nem sabão de mãos;
- Ausência de plano de Segurança;
- Alimentos sem identificação no frigorifico, e colocados de forma a que possam ocorrer cruzamentos;
- Janelas da cozinha sem rede mosquiteira;
- Incidência de casos de crianças picadas por mosquitos;
- Recreio com área coberta insuficiente.
Muitos aspectos são de fácil resolução, como por exemplo a colocação de rede mosquiteiras nas janelas das cozinhas, mas outros aspectos são de resolução dificultada, pois necessitam de investimento financeiro mais avultado, como por exemplo, o alargamento da área coberta da zona de recreio.
O mesmo se verifica nas cozinhas das escolas, pois quando as anomalias são de carácter estrutural, torna-se bastante complicado fazer alterações que as tornem adequadas à prática realizada. Por exemplo, se um fogão e uma cuba de lavagem de alimentos se encontram e locais menos adequados, tenta-se adequar mas a nível de circuitos, no entanto verifica-se que, por vezes, é impossível, devido ao espaço existente. Nas cozinhas das escolas até agora visitadas constata-se bastante este aspecto, as instalações não são as apropriadas mas tenta-se adequar o máximo possível, com os recursos possíveis que as escolas possuem. Averiguámos também que o facto de existir uma empresa que seja responsável pela segurança alimentar facilita o processo.


Formação para o Sistema de Informação em Saúde Pública (SISP)
Nas instalações do Centro de Saúde de Corroios – Moinho de Maré ocorreu uma formação para o Sistema de Informação em Saúde Púbica (SISP). Este sistema informático encontra-se ainda numa fase inicial, onde está a ser testado, principalmente através da formação dos profissionais de Saúde Pública.
As Principais áreas abrangidas por este sistema de informação são as seguintes:
• Gestão de Processos de Estabelecimentos
• Gestão de Processos de Queixas Sanitárias
• Gestão de Programas e Projectos Comunitários
• Intervenção em Cuidados Individuais de Saúde (através da criação do conceito de Registo Electrónico Individual com fins epidemiológicos e de Saúde Pública)
• Monitorização da situação de saúde e dos factores protectores e de risco para a saúde
• Gestão da Qualidade dos Serviços de Saúde Pública
A população-alvo da formação foram os profissionais que fazem parte da Unidade de Saúde Pública Seixal-Sesimbra. Esta formação teve como objectivo o esclarecimento de algumas dúvidas relativas ao sistema, discussão de dificuldades e potencialidades deste sistema de informação. Especificamente a formação incidiu no tema “Estabelecimentos e Queixas”.
Para mais informações acerca do SISP, pode consultar o documento seguinte:

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