O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Despedida

O estágio chegou ao fim, e chega a hora da despedida. É inevitável fazer uma retrospectiva de tudo o que se passou na empresa, de como quatro estagiários de saúde ambiental foram ali parar, dos momentos que passaram, do que aprendi. No inicio, sentimo-nos um pouco desamparados, pois não conhecíamos o local, as pessoas e o trabalho que iríamos desenvolver, no entanto, como estávamos em grupo, foi mais fácil ultrapassar essa primeira fase.
Durante quatro meses, foi elevada a experiência que adquiri, e em áreas diferentes, no inicio ambiente, depois segurança contra incêndios, posteriormente segurança e higiene no trabalho, pelo meio ruído, e ainda iluminância. Ao longo do tempo surgiram algumas dificuldades, mas tentei sempre superá-las da melhor forma, e aprendi! O estágio foi uma experiência bastante enriquecedora, tanto a nível pessoal como profissional. A nível pessoal foi bastante positiva porque o mundo do trabalho é diferente do mundo que estava habituada a frequentar, a Escola, pois nele, os objectivos e prioridades modificam-se.  
Tive oportunidade de contactar com várias pessoas, com formações diferentes, na empresa, e também com alguns clientes. Tentei agarrar todas as oportunidades de aprendizagem que foram aparecendo ao longo do tempo, o que tornou o estágio uma experiência bastante gratificante.
Não posso deixar de agradecer a todos aqueles que me apoiaram ao longo deste percurso, à Isa, à Rita e ao Rui que o percorreram a meu lado; a todos os meus “Chefes” da secção Projectos, em especial à Ana Varela, com quem partilhei a secretária e me apoiou nos momentos de dúvidas e incertezas; aos coordenadores da ECC, que nos orientaram de forma a aprender o máximo possível, aos orientadores da escola, que estabeleceram contacto entre escola-empresa, ao professor Albino, a todos os colegas da ECC com os quais contactei e aos meus pais e irmã, que me apoiaram em todas as decisões e me auxiliaram nos momentos de dificuldade.
Obrigada a todos!

Compilação da legislação

 Aqui apresento a compilação da legislação que utilizei ao longo do estágio:

o   Regime jurídico da promoção e prevenção da segurança e da saúde no trabalho, revoga o Decreto-Lei nº441/91, de 14 de Novembro, excepto no que se refere ao sector público (Lei nº102/2009, de 10 de Setembro);
o   Código do Trabalho (Lei nº7/2009, de 12 de Fevereiro);
o   Regulamentação do Código do Trabalho (Lei nº35/2004, de 29 de Julho e Lei n.º 105/2009
de 14 de Setembro);
o   Prescrições Mínimas de Segurança e Saúde para a Utilização Pelos Trabalhadores dos Equipamentos de Trabalho (DL nº50/2005, de 27 de Fevereiro);
o   Prescrições Mínimas de Higiene e Segurança nos Locais de Trabalho (Decreto Lei nº347/93, de 1 de Outubro);
o   Estabelece as regras relativas à colocação no mercado e entrada em serviço das máquinas e respectivos acessórios, transpondo para a ordem jurídica interna a Directiva n.º 2006/42/CE (Decreto-Lei n.º 103/2008, de 24 de Junho);
o   Regulamento para a Notificação de Substâncias Químicas e para a Classificação, Embalagem e Rotulagem de Substâncias Perigosas (Portaria nº732-A/96, de 11 de Dezembro) e Regulamento para a Classificação, Embalagem e Rotulagem das Preparações Perigosas (Portaria nº1152/97, de 12 de Novembro);
o   Regime Geral dos Equipamentos de Protecção Individual (Decreto-Lei nº348/93, de 1 Outubro);
o   Regime Geral da Sinalização de Segurança (Decreto Lei nº141/95, de 14 de Junho);
o   Regulamento Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos Estabelecimentos Industriais (Portaria nº53/71, de 3 de Fevereiro, alterado pela Portaria nº702/80, de 22 de Setembro);
o   Prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes à exposição dos trabalhadores aos riscos devidos ao ruído (Decreto Lei nº182/2006, 6 de Setembro);
o   Estabelece o enquadramento relativo às prescrições mínimas de segurança e de saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de visor (Decreto-Lei nº 349/93, de 01 Outubro);
o   Estabelece a regulamentação relativa às prescrições mínimas de segurança e saúde respeitantes ao trabalho com equipamentos dotados de visor (Portaria nº 989/93, de 06 Outubro);
o   Prescrições Mínimas de Segurança e Saúde na Movimentação Manual de Cargas (Decreto Lei nº330/93, de 25 de Setembro);
o   Regime Jurídico da Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE) (Decreto Lei nº220/2008, de 12 de Novembro);
o   Regulamento Técnico de Segurança Contra Incêndios em Edifícios (SCIE) (Portaria nº1532/2008, de 29 de Dezembro);
o   Prescrições Mínimas de Protecção da Segurança e da Saúde dos Trabalhadores Contras os Riscos da Exposição a Agentes Biológicos Durante o Trabalho (Decreto Lei nº84/97, de 16 de Abril);
o   Fixa as normas de segurança de base relativas à protecção sanitária da população e dos trabalhadores contra os perigos resultantes das radiações ionizantes (Decreto Lei nº222/2008, de 17 de Novembro);
o   Regulamento Geral de Higiene e Segurança do Trabalho nos Estabelecimentos Comerciais, de Escritório e Serviços (Decreto Lei nº243/86, de 20 de Agosto);
o   Protecção sanitária dos trabalhadores contra os riscos de exposição ao amianto durante o trabalho (Decreto Lei nº266/2007, de 24 de Julho);
o   Prescrições mínimas de protecção da saúde e segurança dos trabalhadores em caso de exposição aos riscos devidos a vibrações (Decreto Lei nº46/2006, de 24 de Fevereiro);
o   Lista de Doenças Profissionais (Decreto Regulamentar nº 6/2001 de 5 de Maio, alterado pelo Decreto Regulamentar n.º76/2007, de 17 de Julho);
o   Regulamenta o regime de reparação de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, incluindo a reabilitação e reintegração profissionais (Lei n.º 98/2009 de 4 de Setembro);
o   Regulamento de Segurança das Instalações de Armazenagem de Gases de Petróleo Liquefeito (GPL) com capacidade até 200m³ por recipiente (Portaria n.º 460/2001 de 08 de Maio);
o   Condições de Segurança a que devem obedecer a construção, a exploração e a manutenção das instalações dos parques de armazenagem de garrafas de gases de petróleo liquefeito (Portaria n.º 451/2001 de 05 de Maio).
o   Estatuto do técnico responsável por instalações eléctricas de serviço particular (Decreto Regulamentar 31/83 de 18 de Abril, alterado pelo Decreto-Lei 229/2006, de 24 de Novembro)
o   Livre circulação de detergentes e tensioactivos para detergentes no mercado interno (Decreto-Lei 49/2007)
o   Regime que obedece a classificação, embalagem e rotulagem das substâncias perigosas para a saúde humana ou para o ambiente, com vista a sua colocação no mercado (Decreto-Lei nº 98/2010, de 11 de Agosto)
o   Regulamento para a Classificação, Embalagem, Rotulagem e Fichas de Dados de Segurança de Preparações Perigosas. (Decreto-lei 82/2003, de 23 de Abril, alterado por 63/2008, de 2 de Abril)
o   Regula as actividades de distribuição, venda, prestação de serviços de aplicação de produtos fitofarmacêuticos e a sua aplicação pelos utilizadores finais (Decreto-Lei n.º 173/2005, de 21 de Outubro, alterado pelo Decreto-Lei 187/2006 e pelo Decreto-Lei 101/2009)
o   Código da estrada (Decreto-Lei nº 114/94, de 3 de Maio, alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 44/2005, de 23 de Fevereiro, e alterado pelo Decreto-Lei n.º 113/2008, de 1 de Julho)



Outros documentos:

  • NP 1796:2007 “Valores limites de exposição para substâncias nocivas existentes no ar dos locais de trabalho com vista a salvaguardar a saúde dos trabalhadores”.

  • Primeiros Socorros no Local de Trabalho. Conteúdo da mala/caixa/armário de primeiros socorros, Direcção-Geral de Saúde, 19/10/2009.

11ª e 12ª Semanas --> 4. iluminância

ILUMINÂNCIA
No post da 6ª semana descrevo que procedi à alteração do modelo de relatório, adequado à norma ISO 8995:2002.
Nestas duas últimas regressei à iluminância e ao modelo de relatório.

Novo luxímetro da ECC

A ECC adquiriu recentemente um novo Luxímetro, e nós, os estagiários e uma técnica da ECC, ficámos encarregues de elaborar o estudo de iluminância da ECC.

Como já tinha alterado o modelo de relatório, comecei a alterar o procedimento de medição e os registos de medição. Houve algumas modificações pois foi acrescida a medição das imediações e alguns aspectos que deveriam estar assentes no procedimento, como por exemplo, que todas as luzes devem estar ligadas pelo menos 5 minutos antes da medição, a medição deve ser realizada nas piores condições possíveis (janelas fechadas e tapadas), entre outros aspectos que necessitavam ser estabelecidos.
Posteriormente, para resolver a questão das medidas correctivas que possam ser implementadas, solicitei a ajuda do meu colega Rui, e os dois tentamos resolver a questão.

Posteriormente, para testar o modelo de relatório e outras questões que foram surgindo, procedemos à medição da iluminância numa das salas da ECC, colocamos os dados em relatório, e tentámos, com recurso a programas de projecção de iluminação, conseguir soluções apropriadas para aumentar o nível de iluminância existente na sala.
Após chegar a conclusões, expliquei e justifiquei todas as alterações no relatório modelo ao coordenador da secção projectos e a uma técnica da ECC, expondo as nossas dúvidas e incertezas acerca de alguns assuntos, assim como as soluções adaptadas para cada local.
Passámos então à fase seguinte, fazer o estudo de iluminância da ECC.

Os estagiários procederam a medições, já com o novo luxímetro, em todos os postos de trabalho da empresa, efectuando o registo e apreciações das mesmas nas folhas de registo.


Luxímetro que utilizámos nas medições

Programação do luxímetro para medição num dos gabinetes médicos da ECC
Colocámos os dados no relatório, mas, infelizmente, não o conseguimos terminar durante o tempo de estágio. Ainda ficou pendente um aspecto que está relacionado com as medidas correctivas, uma dúvida que predomina:
- Qual é o rendimento de uma luminária? Sabendo que o fluxo emitido por uma lâmpada é 1000lm, e uma luminária é espelhada, o fluxo vai ser rentabilizado. E direccionado para o plano que desejamos. Assim sendo, qual o rendimento da luminária+lâmpada?
Esta questão ficou pendente, e interessa para os cálculos relacionados com o aumento de fluxo luminoso das lâmpadas, para aumentar a iluminância do local. Como houve dúvidas que permaneceram e relatórios que não concluímos, nós comprometemo-nos a terminar os relatórios e tentar esclarecer as dúvidas após o período de estágio. Os técnicos da ECC não nos exigiram nada além do estágio, no entanto, como foi um projecto, em parte, começado por nós, faz todo o sentido que sejamos nós a terminá-lo. Esta área é muito vasta, fiquei a conhecê-la um pouco melhor, e acho-a bastante interessante. Fazer parte da construção de um projecto da ECC, é bastante gratificante, pois será algo em que a ECC será certificada, e irá dar continuidade.

Como o tempo de estágio chegou ao fim, em conjunto com os meus colegas de estágio, organizámos um jantar de despedida, contanto com a participação dos colegas da ECC, num momento de descontracção e diversão.

11ª e 12ª Semanas --> 3. Segurança e Higiene no Trabalho - Construção Civil

SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO – CONSTRUÇÃO CIVIL
Num dos dias desta semana, fui com um dos técnicos da ECC a três obras. A ECC pode ser contratada para garantir as normas de segurança e higiene no trabalho pelo empreiteiro ou pelo dono de obra. A construção civil é um dos sectores onde existem mais acidentes de trabalho, e o sector onde foram registados mais acidentes mortais, 48,7% do total nacional, segundo o relatório Anual de Actividades – Área Inspectiva da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) de 2009 . De acordo com o técnico da ECC, deve-se à conjugação de vários factores e actividades de risco, e anda possuindo o carácter temporário.
 Por isso, dá-se maior importância às anomalias/perigos detectados com elevada gravidade, ou seja, relativiza-se. Por exemplo, o facto de um andaime não possuir guarda-corpos, é bastante grave quando comparado com o quadro eléctrico de obra que não possuir os disjuntores identificados.
As construções que tive a oportunidade de visitar já estavam em fase terminal, mas ainda foi possível identificar situações perigosas como:
- andaime sem guarda-corpos
- utilização de escada portátil
- Não utilização de equipamentos de protecção individual, capacete e arnês (para trabalhos em altura).
Depois completei o relatório das auditorias, que são muito mais simples que os relatórios de SHST já elaborados.
É uma área diferente, onde os riscos inerentes envolvem maior gravidade, e as precauções tem que ser adequadas ao trabalho a ser desenvolvido. É um sector que necessita de formação e sensibilização dos trabalhadores para os perigos e riscos a que estão sujeitos. Foi interessante ficar a conhecer um pouco esta parte específica de SHST.
Deixo-vos com um video que ilustra alguns  dos pontos críticos da construção civil, assim como a importância de alguns equipamentos de protecção individual.

11ª e 12ª Semanas --> 2. Auditorias de Segurança e Higiene no Trabalho

Auditorias e relatórios de Segurança e Higiene no Trabalho
Na última semana (12ª) fui a várias auditorias de diversos tipos de estabelecimentos, nomeadamente, cafés e restaurantes, lar, armazém de materiais de construção, oficinas, carpintaria e herdades. Como o estágio estava mesmo a terminar, só elaborei alguns relatórios mais simples.
 Nos pontos seguintes são apresentadas algumas das situações incorrectas detectadas em alguns estabelecimentos.
Cafés e restaurantes
§  Extintores a altura superior a 1,20m do pavimento, sem sinalética ou mal colocada;
§  Inexistência/inadequação/insuficiência da iluminação e sinalética de emergência
§  Pavimento susceptível de causar quedas;
§  Caixa de primeiros socorros inexistente/insuficiente ou com produtos fora de prazo de validade

 
 Armazém de materiais de construção

Exemplo de bacia de retenção de óleos
 
§  Armazenamento de óleos sem bacia de retenção
§  Extintores obstruídos
§  Caixa de primeiros socorros com produtos fora do prazo de validade


Herdades agrícolas com produção animal em regime extensivo
§  Produtos fitofarmacêuticos armazenados em local impróprio
§  Óleos, lubrificantes e combustíveis acondicionados inadequadamente (ex: sem bacia de retenção, sem fichas de dados de segurança, etc)
§  Produção animal tinha sido afectada por brucelose há pouco tempo. (O que é a brucelose?)
§  Inexistência de extintores em grandes armazéns de palha.

Carpintaria e armazém de interiores
§  Utilização de maquinaria para corte da madeira, sem utilização de equipamentos de protecção individual;
§  Armazenamento em altura

11ª e 12ª Semanas --> 1.Cartas de Risco

Nestas duas semanas foram várias as actividades que foram desenvolvidas na ECC. As cartas de risco, no inicio da 11ª semana, as auditorias de SHST na 12ª semana e respectivos relatórios e a iluminância ao longo das duas semanas. Deste modo, o separador, 11ª e 12ª Semanas, irá conter vários subtítulos, nomeadamente:
- Cartas de Risco
- Auditoria e relatórios de Segurança e Higiene no Trabalho
- Auditoria de Segurança e Higiene no Trabalho – Construção Civil
- Iluminância.
Neste post começo por redigir as cartas de risco e nos próximos, os restantes subtítulos.

Cartas de Risco
Logo no inicio da 11ª semana, ainda elaborei três cartas de risco, uma para empresa de manutenção de piscinas e jardins, outra para um pintor por último, para um canalizador.
À semelhança das anteriores, vou referir, de uma forma muito resumida, os principais riscos que um canalizador está sujeito.

Canalizador a trabalhar

Risco Biológico – quando existe contacto com águas residuais, por exemplo;
Risco Mecânico - quedas, cortes, lesões;

Risco Ergonómico – na manipulação de cargas, posturas incorrectas e movimentos extenuantes
Riscos Físicos - exposição a intempéries (calor, frio, chuva).


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

9ª e 10ª Semanas - A primeira auditoria SHST


Logo no inicio da semana, mudei de local de trabalho. Até à data, encontrava-me na secção projectos da sala open space, a dividir a mesa de trabalho com uma técnica da ECC, e, a partir desta semana, encontro-me na secção de Segurança e Higiene no trabalho. No inicio foi estranho, tanto por já estar habituada à colega de mesa, como pelo local ser menos reservado (local de passagem), mas depois familiarizei-me com o espaço. Mudei para este local, a sugestão da coordenadora de SHST, pois ali estaria mais próxima da secção, e seria mais fácil e prático esclarecer dúvidas que me surjam entretanto.

Nova secretária de trabalho

 Já no novo espaço de trabalho, continuei com a elaboração de cartas de risco, precisamente para herdade, empresa de comércio de automóveis, serralharia, fábrica de ferragens e manutenção de espaços verdes.
Passo a descrever, de uma forma muito resumida, os principais riscos que os indivíduos que trabalham em herdades podem comportar:
- Riscos Mecânicos (Quedas no mesmo nível e em altura, atropelamento, cortes)
- Riscos Ergonómicos (ex: transporte manual de cargas)
- Riscos Físicos (exposição a intempéries, ruído e vibrações de maquinaria utilizada)
- Riscos Biológicos (do contacto com animais, podem advir doenças como a brucelose)
- Riscos químicos (quando no manuseamento de produtos fitofarmacêuticos)
O manuseamento de produtos fitofarmacêuticos acarreta elevado risco químico, consoante o produto a ser utilizado. Na hiperligação que se segue, encontra-se um folheto que incentiva à adopção de boas práticas neste campo.

A primeira auditoria
A primeira auditoria de SHST que participei foi a uma biblioteca. Os riscos observados foram essencialmente ergonómicos e de incêndio. Sem dúvida que gostei bastante de fazer a auditoria, pois é uma forma de ver os perigos e riscos na prática, e não somente na teoria das cartas de risco. É diferente identificar os perigos no local,
É imprescindível o “olho clínico” para conseguir identificar no local os perigos e riscos que o trabalhador está sujeito. Penso que esta parte prática é necessária, mesmo porque podemos desconhecer os materiais ou equipamentos utilizados, o que não foi o caso da biblioteca. Outro aspecto de elevada importância é o contacto que estabelecemos com a pessoa que nos recebe e apresenta o espaço. O contacto deve ser o melhor possível, de modo a retirar toda a informação necessária do trabalhador, e, se for o caso, informar de aspectos que estão errados e que possam ser corrigidos.
Depois da auditoria elaborei o relatório de avaliação de riscos, que tem um carácter diferente daquele já utilizado nas cartas de risco. Um recurso utilizado, e de grande auxílio, é a máquina fotográfica. Com as fotografias retiradas podemos confirmar o perigo detectado, e ilustrá-lo no relatório, para que seja de fácil compreensão por parte dos trabalhadores.

Formação de Ruído
Nesta semana, também assisti a uma formação de ruído que a ECC ministrou. A acção de formação centrou-se na técnica de medição do ruído ocupacional, ou seja, o ruído a que os trabalhadores estão expostos no seu local de trabalho.
Esta formação foi em horário laboral, onde participaram vários técnicos da ECC e nós, os estagiários (eu, Isa, Rita e Rui).

Na formação foram abordados diversos temas, dedicados à medição em si. Por exemplo, o sonómetro deve ser colocado no local onde o trabalhador exerce a actividade, e o mais próximo possível do ouvido; tempo de medição que depende do ciclo de ruído da maquinaria, entre outros aspectos. De seguida juntámo-nos em grupo e todos fizemos medições-teste, para aprender a trabalhar especificamente, com o aparelho.

Sonómetro


Medição com sonómetro e tripé ajustável


Já na parte da tarde, aprendemos a tratar os dados recolhidos. Foram transferidos os dados para o computador e, com o auxílio do programa do sonómetro, elaboramos, de uma forma rápida e resumida, o relatório. Esta parte já foi mais complexa, pois implica ter algum conhecimento do funcionamento do programa. Nada que com a prática não se resolva.
Nesta acção de formação, foram fornecidos os registos das medições e o procedimento de medição.
A acção de formação foi bastante positiva, pois tinha conhecimento de algumas técnicas, mas é diferente utilizá-las na prática. Também fiquei a conhecer aspectos que desconhecia, aspectos mais práticos. Esta acção só teve um aspecto negativo, o facto de não ficarmos com certificado de frequência e habilitação à realização de medições de ruído ocupacional.

Para terminar, deixo-vos um video humuristico acerca do ruído laboral.

Entre segurança contra incêndios, perigos e riscos, e medições de ruído, me despeço destas duas semanas de estágio J