O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

6ª Semana- A Iluminância

Ai inglês…a quanto me obrigas...
Esta semana foi dedicada à iluminância. O trabalho que a ECC me solicitou  foi fazer a transição do modelo de relatório, da norma NF X35 – 103 para a ISO 8995:2002.
De uma forma muito resumida, a iluminância (E) pode ser definida como uma medida do fluxo luminoso (Φ) incidente por unidade de superfície (S). Expresso em lux (lx).
             1lux=1lm/m2

Na prática, a iluminância é medida por um aparelho digital, chamado LUXÍMETRO. Este aparelho possui uma célula fotoeléctrica que mede o fluxo luminoso, e apresenta o resultado num pequeno ecrã, em lux.
Fonte: Apontamentos das Aulas da disciplina de Técnicas de Amostragem e Análise em Saúde Ambiental, do Curso de Saúde Ambiental da ESSB-IPBeja, António Branco, ano 2009-2010.
A imagem apresenta um dos luxímetros que a ECC possui.

Luxímetro digital

Ao ler a norma ISO 8995:2002, deparei-me com um aspecto que dificultou imenso, a língua. Como é normal, a norma está em inglês, a língua considerada universal, eu tive que traduzir quase tudo, com auxílio de dicionários e tradutores. O principal problema foi que, para interpretar a norma, todas as palavras devem ser muito bem definidas e interpretadas. Se fosse um documento normal em inglês, conseguia perceber e retirar o mais importante, mas neste caso, não se trata disso. Uma palavra mal traduzida pode não alterar nada, como pode ser uma alteração grande. Mas devagar lá consegui interpretar a norma.
Para compreender melhor alguns conceitos, é importante definir, segundo a norma 8995:2002
Imediações – zona a 0,50m de largura em torno da área de tarefas, dentro do campo de visão.
Iluminância mantida (Em) – valor mínimo recomendado para a iluminância média numa dada superfície.
Plano de Trabalho – Superfície definida em que o trabalho é realizado.
Iluminação geral – conforto visual onde os trabalhadores tem sensação de bem-estar.
Desempenho visual – Onde os trabalhadores são capazes de realizar as suas tarefas visuais rapidamente e com precisão, mesmo em circunstâncias difíceis e durante muito tempo.
Depois da interpretação da norma, comecei a tentar organizar informação acerca de estudos luminotécnicos e não somente de iluminância, porque inicialmente pensei que o novo modelo também contemplasse a luminância.

A luminância (L) pode ser definida como uma medida do brilho de uma superfície, ou seja, do fluxo emitido, transferido ou reflectido numa determinada direcção por unidade de superfície perpendicular ao fluxo. Expresso em candela/m2.
Fonte: Apontamentos das Aulas da disciplina de Técnicas de Amostragem e Análise em Saúde Ambiental, do Curso de Saúde Ambiental da ESSB-IPBeja, António Branco, ano 2009-2010.
Depois de perceber bem o que era para alterar realmente, comecei a adequar o modelo da ECC.
As principais alterações foram:
- A realização de, pelo menos, mais uma medição nas imediações do plano de trabalho.
- A comparação das medições do plano de trabalho e da imediação do plano de trabalho com a tabela seguinte:

- O acréscimo do parâmetro Uniformidade
A uniformidade da iluminância é a razão entre o valor mínimo e a média. (VM/média).
A iluminância deve mudar gradualmente. A área de trabalho deve ser iluminada tão uniforme quanto possível.
A uniformidade da iluminância tarefa não deve ser inferior a 0,7. A uniformidade da iluminação das imediações não deve ser inferior a 0,5.
Esta norma também define os valores mínimos de iluminância adequados, para cada espaço e/ou actividade realizada.
O modelo ficou quase concluído, mas uma questão ficou em aberto. A questão das medidas correctivas a recomendar em caso de iluminação insuficiente. De uma forma geral, as medidas correctivas nestes casos passam por:
- formar os trabalhadores para os aspectos de iluminação;
-aumentar o fluxo luminoso:
-Aumento do número de lâmpadas
- Aumento de fluxo luminoso das lâmpadas existentes
- Adopção de iluminação directa (ex: candeeiro)
No entanto, se um espaço possui iluminância de 200 lux, e necessita de 300 lux, o que fazer, concretamente (e em números), para corrigir a insuficiência de iluminação?
O relatório ficou com esta lacuna. Aguardo que o relatório seja corrigido. De seguida, entro, por completo no mundo SHST, e começo a elaborar cartas de risco.
Gostei particularmente da área da iluminação, mas senti que ainda me falta conhecer muito neste mundo, tanto teórico como prático. É difícil separar luminância de iluminância, visto que são conceitos que se complementam. Como a maioria da informação credível encontra-se em inglês, tive que fazer um esforço acrescido, mas conseguido J.
Fiquei com curiosidade acerca de aspectos e tive pena de não explorar mais. O coordenador deu-me liberdade suficiente para explorar tudo aquilo que quisesse, mas com o trabalho principal acabado (modelo de relatório), senti que estava na altura de avançar para outra área, porque num estágio, o objectivo é aprender o mais possível, num maior número de áreas possível.

Assim me despeço de mais uma semana de estágio, esta, com a particularidade de ter sido bastante luminosa =)

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