O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

7ª e 8ª Semanas – Cartas de risco

Ano novo, tarefa nova.

Inicio o ano numa área diferente, mais próxima da Segurança Higiene e Saúde no Trabalho (SHST) que conhecemos. Embora a iluminância referida no post anterior também esteja dentro do grande bolo que é SHST, na ECC a organização é diferente. A secção PROJECTOS, onde me encontro, engloba os projectos ambientais, de iluminância, ruído, segurança contra incêndios, entre outros. A secção SHST engloba as auditorias de SHST. Estas secções não são distintas, complementam-se, e fazem trabalhos diferentes, mas com o mesmo fim: melhorar as condições de dos trabalhadores.
Assim, a tarefa que vou desempenhar nos próximos tempos é a elaboração de Cartas de Risco:
A carta de riscos é um método simplificado que reflecte uma situação inerente a determinado posto de trabalho, tendo por base, um conjunto de parâmetros:
Tarefa/operação, equipamentos, materiais, factores de risco, riscos, medidas de prevenção, utilizada a carta de riscos para a função.
Branco, António. Apontamentos das aulas de Gestão do Risco - Análise de Riscos (II), do curso de Saúde Ambiental da ESS-IPBeja, 2009/2010.
As cartas de risco por vezes são gerais demais, porque, por vezes, torna-se difícil identificar todas as actividades que são realizadas, para posteriormente determinar os riscos inerentes.
O modelo de Carta de Risco foi recentemente alterado, por isso, todas as cartas de risco que fiz, já foram elaboradas com novo modelo. A ECC utiliza cartas de risco para caracterizar os riscos de profissões que não possuem instalações fixas, em que os trabalhadores estão sujeitos a perigos e riscos inerentes à sua profissão, tais como um electricista ou um canalizador.
Durante estas semanas elaborei diversas cartas de risco, passo a fazer uma breve descrição de duas delas:  

Electricista
Numa carta de riscos para um electricista é inevitável referenciar os riscos inerentes ao trabalho com electricidade, mas existem outros riscos a que estes trabalhadores estão sujeitos, tais como riscos mecânicos (cair, tropeçar, cortar-se com tesoura e fios), químicos (principalmente em fase de obra, estão sujeitos a poeiras que existam), Físicos (vibrações e ruído de materiais utilizados, como um berbequim, por exemplo) e os ergonómicos. Estes últimos estão inerentes a quase todas as profissões. A NIOSH fez algumas recomendações para melhorar a ergonomia dos electricistas, algumas das quais se encontram no documento seguinte.

A partir deste documento, construi um folheto informativo, que ilustra resumidamente alguns aspectos ergonómicos que os electricistas devem ter atenção.



Empresa de Limpezas
As empresas de limpezas podem não possuir instalações, visto que o trabalho é exercido essencialmente em ambiente externo.
O vídeo seguinte ilustra algumas das actividades deste tipo de empresas.


Os riscos químicos são dos riscos mais evidentes, dado que existe o manuseamento de detergentes e outros produtos químicos, que podem ser inalados, ingeridos ou absorvidos por contacto com a pele. O risco mecânico (quedas, cortes) também está bastante presente, tal como o risco físico (vibrações e ruído dos aparelhos de limpeza), risco biológico e o risco ergonómico.
As cartas de risco são providas de recomendações para minorar os efeitos dos riscos inerentes à profissão, tanto a nível de práticas (como levantar correctamente um objecto pesado), como a nível de equipamentos de protecção individual (Ex: luvas de protecção química).
Gostei particularmente de elaborar estas duas cartas de risco, por isso as descrevi, no entanto, elaborei também cartas de risco para empresas de olivicultura e transportadora de mercadorias.
Durante estas duas semanas também participei noutra actividade. Fui a um restaurante com um Técnico da ECC proceder a um levantamento de materiais. O levantamento ao nível de medidas de autoprotecção já estava elaborado, e os meios de detecção e combate a incêndios já estavam colocados no devido local. A tarefa que me foi incumbida foi a colocação, na planta do estabelecimento, de todos os materiais, principalmente ao nível da cozinha. A localização dos equipamentos, juntamente com a potência e outros dados, irá constar no projecto de segurança contra incêndios. A principal diferença deste projecto para as medidas de autoprotecção, é que este inclui um descritivo dos materiais e equipamentos que o estabelecimento possui, com as respectivas cargas térmicas. Por exemplo, um forno tem uma carga térmica superior a uma cadeira de metal. Todos esses dados constam no projecto de segurança contra incêndios, assim como a sua localização no estabelecimento. A parte da localização ficou a meu cargo. Esta actividade não envolveu muitos conhecimentos práticos, mas foi interessante, no sentido de aumentar o conhecimento ao nível dos projectos de segurança contra incêndios.
A imagem ilustra um exemplo de uma planta de uma cozinha. No meu caso, em vez da designação peixe, carne...foi solicitado o "desenho" e identificação dos equipamentos e materiais que a constituiam. Exemplo: cubas de lavagem, fogão, mesa de apoio, etc. Aqui surge apenas o exemplo da cozinha, mas foi-me solicitado para todo o estabelecimento.

Exemplo de uma planta de uma cozinha


Ainda durante este período, colaborei no projecto de segurança contra incêndios e medidas de autoprotecção para as novas instalações da empresa ECC.
A colaboração foi somente ao nível do levantamento de meios de detecção (detectores de fumo), combate (extintores) e sinalética de emergência. Realizei esta tarefa sem o acompanhamento de nenhum dos técnicos. Senti que depositaram confiança em mim, se bem que, qualquer dúvida rapidamente se confirmava.
Assim passaram mais duas semaninhas de estágio, agora com cartas de risco para elaborar.

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