O ambiente que nos rodeia influencia a nossa saúde. Agora que já ENCONTROU, desafio a CONHECER um pouco mais da Saúde Ambiental que uma estagiária do I Curso de Saúde Ambiental da Escola Superior de Beja PRATICARÁ em diferentes contextos.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

9ª e 10ª Semanas - A primeira auditoria SHST


Logo no inicio da semana, mudei de local de trabalho. Até à data, encontrava-me na secção projectos da sala open space, a dividir a mesa de trabalho com uma técnica da ECC, e, a partir desta semana, encontro-me na secção de Segurança e Higiene no trabalho. No inicio foi estranho, tanto por já estar habituada à colega de mesa, como pelo local ser menos reservado (local de passagem), mas depois familiarizei-me com o espaço. Mudei para este local, a sugestão da coordenadora de SHST, pois ali estaria mais próxima da secção, e seria mais fácil e prático esclarecer dúvidas que me surjam entretanto.

Nova secretária de trabalho

 Já no novo espaço de trabalho, continuei com a elaboração de cartas de risco, precisamente para herdade, empresa de comércio de automóveis, serralharia, fábrica de ferragens e manutenção de espaços verdes.
Passo a descrever, de uma forma muito resumida, os principais riscos que os indivíduos que trabalham em herdades podem comportar:
- Riscos Mecânicos (Quedas no mesmo nível e em altura, atropelamento, cortes)
- Riscos Ergonómicos (ex: transporte manual de cargas)
- Riscos Físicos (exposição a intempéries, ruído e vibrações de maquinaria utilizada)
- Riscos Biológicos (do contacto com animais, podem advir doenças como a brucelose)
- Riscos químicos (quando no manuseamento de produtos fitofarmacêuticos)
O manuseamento de produtos fitofarmacêuticos acarreta elevado risco químico, consoante o produto a ser utilizado. Na hiperligação que se segue, encontra-se um folheto que incentiva à adopção de boas práticas neste campo.

A primeira auditoria
A primeira auditoria de SHST que participei foi a uma biblioteca. Os riscos observados foram essencialmente ergonómicos e de incêndio. Sem dúvida que gostei bastante de fazer a auditoria, pois é uma forma de ver os perigos e riscos na prática, e não somente na teoria das cartas de risco. É diferente identificar os perigos no local,
É imprescindível o “olho clínico” para conseguir identificar no local os perigos e riscos que o trabalhador está sujeito. Penso que esta parte prática é necessária, mesmo porque podemos desconhecer os materiais ou equipamentos utilizados, o que não foi o caso da biblioteca. Outro aspecto de elevada importância é o contacto que estabelecemos com a pessoa que nos recebe e apresenta o espaço. O contacto deve ser o melhor possível, de modo a retirar toda a informação necessária do trabalhador, e, se for o caso, informar de aspectos que estão errados e que possam ser corrigidos.
Depois da auditoria elaborei o relatório de avaliação de riscos, que tem um carácter diferente daquele já utilizado nas cartas de risco. Um recurso utilizado, e de grande auxílio, é a máquina fotográfica. Com as fotografias retiradas podemos confirmar o perigo detectado, e ilustrá-lo no relatório, para que seja de fácil compreensão por parte dos trabalhadores.

Formação de Ruído
Nesta semana, também assisti a uma formação de ruído que a ECC ministrou. A acção de formação centrou-se na técnica de medição do ruído ocupacional, ou seja, o ruído a que os trabalhadores estão expostos no seu local de trabalho.
Esta formação foi em horário laboral, onde participaram vários técnicos da ECC e nós, os estagiários (eu, Isa, Rita e Rui).

Na formação foram abordados diversos temas, dedicados à medição em si. Por exemplo, o sonómetro deve ser colocado no local onde o trabalhador exerce a actividade, e o mais próximo possível do ouvido; tempo de medição que depende do ciclo de ruído da maquinaria, entre outros aspectos. De seguida juntámo-nos em grupo e todos fizemos medições-teste, para aprender a trabalhar especificamente, com o aparelho.

Sonómetro


Medição com sonómetro e tripé ajustável


Já na parte da tarde, aprendemos a tratar os dados recolhidos. Foram transferidos os dados para o computador e, com o auxílio do programa do sonómetro, elaboramos, de uma forma rápida e resumida, o relatório. Esta parte já foi mais complexa, pois implica ter algum conhecimento do funcionamento do programa. Nada que com a prática não se resolva.
Nesta acção de formação, foram fornecidos os registos das medições e o procedimento de medição.
A acção de formação foi bastante positiva, pois tinha conhecimento de algumas técnicas, mas é diferente utilizá-las na prática. Também fiquei a conhecer aspectos que desconhecia, aspectos mais práticos. Esta acção só teve um aspecto negativo, o facto de não ficarmos com certificado de frequência e habilitação à realização de medições de ruído ocupacional.

Para terminar, deixo-vos um video humuristico acerca do ruído laboral.

Entre segurança contra incêndios, perigos e riscos, e medições de ruído, me despeço destas duas semanas de estágio J

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